Análise preliminar quanto à disposição a pagar pela conservação ambiental do rio Tocantins
Abstract
O uso indiscriminado dos recursos naturais, como a água, muitas vezes inibe a disposição a pagar por ela e principalmente, conservá-la. O objetivo dessa pesquisa foi verificar a disposição a pagar e as variáveis que atuam sobre ela, na conservação ambiental da margem esquerda do Rio Tocantins, onde está situada a Orla Sebastião Miranda, no município de Marabá, Pará, Brasil. O método utilizado foi o indutivo, com abrangência quantitativa e qualitativa, de natureza aplicada. Os dados primários foram obtidos com aplicação de 40 formulários semiestruturados junto aos transeuntes, ambulantes e ribeirinhos que frequentam esse local. Os dados secundários foram obtidos em plataformas digitais como SciELO, CAPES, Science Direct, Web Science, dentre outros. A análise dos dados indicou que a comunidade frequentadora do local, especialmente a do sexo masculino, teve maior DAP (n = 13; 28,66%), com valor elevado (R$ 28,66/mês). Por faixa etária, o maior valor para a DAP ocorreu entre 40 a 60 anos (R$ 40,00), embora essa faixa seja ínfima (n = 3; 7,5%). Para o nível de escolaridade, a DAP foi mais elevada nos indivíduos amostrados com ensino fundamental completo (R$100,00). Por fim, quanto a renda mensal, a DAP mais elevada foi entre aqueles com o menor valor de ganho (R$ 500,00), com o valor médio de R$ 32,25. Verificou-se também que o nível de escolaridade não interfere na DAP, bem como a renda mensal. Então, essa disposição está associada a necessidade e a sensibilidade ambiental que o usuário tem quanto aos serviços ambientais que ele usufrui a partir do recurso natural.